terça-feira, 30 de novembro de 2010

Maria Flor e seus Josés

Bancos a postos e cigarros acesos.
Um ambiente desajustado e de luz baixa.
Ao fundo jazz e samba formando nossa bela bossa nova.
Noites doces com sons dedilhados.
Um trio interligado de olhos que piscam feito vaga-lumes.
O ar tem cheiro de doses com as paredes um pouco descascadas e os rodapés antigos.
Uma vela em cada canto que faz a sombra de quem passar.
As janela que balanção com o soprar do vento, vento em que as folhas dançam no frio da madrugada.
Em uma mandala na parede, um incenso queima, deixando leve o ambiente.
O velho vinil que começa a tocar, contagiando as mãos que batucam no banco de madeira.
Castanho, azul e preto são as cores dos olhos dos que começam a cantar.
Agora Maria Flor e seus Josés fazem sorrir os acordes.
Voz, sons e euforia, cores que flutuam no olhar.
Agora tudo vai chegando o fim, e sobram olhos borrados de uma noite que acabou.

domingo, 28 de novembro de 2010

De um vermelho atrás

Ando com uma confusão de vontades, com uma confusão de querer.
Ando parada, ando agitada, estou aqui e lá.
Eu sento, eu durmo, eu penso, eu choro, eu como, eu beijo, eu fumo.
Eu to triste, eu to feliz, to virada.
Eu vivo em quatro paredes de um vermelho atrás.
E a minha frente a mesma e sempre cortina xadrez.
E ao lado um espelho que nem sempre reflete o que eu quero ver.
E agora permanece nostalgicamente paralisada a espera de uma caixa que solte cor e surpresa.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sons de Velas

E esse misterioso mundo onde parte de mim vive nele, um mundo onde a cada minuto o velho se torna novo e belo. Um mundo onde todos que se aventuram temem a repressão. Um mundo curioso. Como tudo isso mesmo sendo um sentimento confuso e perigoso pode ser deliciosamente interessante e envolvente. 
Um sentimento de cor e que tem sons quentes, com flores belas e moças ao entardecer nas janelas.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Prefiro o Podre ao Nada

Os dias passam e eu me delicio com essa doce e consciente decadência.
Gosto do que não devo gostar, uso o que não devo devo usar e vivo do que não devo viver.
É doce o gosto de esmagar o não, destrui e fazer.
É delicioso ultrapassar limites, afundar o proibido e ser o que você quiser sendo o que você é.       
É necessário a fantasia, é necessário a solidão.
É preciso um doce drama e uma amarga paixão.
São necessárias barreiras para que a vitória não tenha gosto de nada.
Eu repudio o nada, essa nada que torna vazio as opiniões e as pessoas.
Existe tanta gente nada, tanta coisa nada.
Prefiro o podre ao nada.
Prefiro sonhos malucos a noites tranquilas.
Prefiro o intenso, o sólido.
E que uma desespera overdose de louca alegria se revele no meu ser.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Insana lucidez

A insana lucidez de um louco.
Uma alegria inocente e simples. Nos mínimos detalhes a loucura se mistura a sorrisos, e o humor se alterna em momentos eufóricos e de intensa leveza, de longa distância.
Em uma folha branca eles são capazes de ver beleza, mistérios e sons. Vêem segredos em um simples ponto e ou em uma reta torta. Ninguém merece ser um lúcido, belo e intáquito senhor certinho, todos precisam conhecer as voltas que a própria mente desenvolve. E eles ficam a envolver os corpos em uma dança desordenada e feliz, onde é o vento que conduz.
O vazio de um longo caminho com brilho de luz, luz que seduz uma mente sem lembranças ou simplesmente o que não se quer lembrar.
Uma loucura que vem dos olhos avermelhados que rodam como um luminoso e lento carrossel, com os rastros dos doces que os pequenos deixam.
Um mundo cheio de cores e loucos, de caretas recriminado a solto, prendendo risos extremamente vibrantes.
A loucura vem a todos. Traga-me felicidade.

domingo, 21 de novembro de 2010

Gente

Pessoas por todos os lados.
Tem amarelo tem vermelho, tem branco tem pardo,  negro.
Cabelos de formas e cores. Uns sorridentes outros fechados, tem gente calado e tem gente palhaço, as vezes correndo as vezes sentado, Uns pensativos e outros apaixonados. Cada qual com suas caracteristicas e umas a gente logo avista. Um mundo onde tem de tudo um pouco, loco, desonesto, artista e viado, e os menos caretas,  alucinados. Uns não gostam do sexo oposto, fazer o quê , é gosto. Existem mudos e surdos e também os cegos e confusos. Uns de olhos grandes e nariz pequeno, uns de pele flácida e olhar sereno. Tem gente chorando e gente vivendo, tem gente orando e tem gente usando. Uns se pegam no escuro, outros choram a ausência, tem gente saudável e tem gente com doença. Tem gente que voa no passo da dança e tem menina bonita usando trança. Uns ouvindo samba e outros coçando a pança. Tem gente comendo graviola e tem menino na rua jogando bola, tem gente ate de cabelo de mola. Uns correndo da chuva outros chorando a seca.
Tem homem de cabelo grande e tem mulher deselegante. Tem frígido e tem tarado. Uns vivendo na estrada, outros com a morte anunciada, Tem gente bebendo no boteco enquanto outros tiram o  feto. Tem gente comemorando a chegada e tem gente chorando a partida. Uns pintando a pele e outros fazendo de leve. Tem gente fútil e tem gente amorosa. Tem gente com a bunda grande e com a mente pouco vistosa. Tem gente apreciando a lua e tem outros dormindo na rua. Tem gente dando duro e tem uns em cima do muro.
Tem mulher de vestido que passa e homem fica a imagina na praça. Tem homem passando batom e criança comendo bombom. Tem gente passando fome e tem homem comendo homem. Tem gente beijando horrores e tem gente pintando flores, cores. Tem árvore morrendo e tem jovem se fudendo. Tem gente sozinho e gente escrevendo. Tem gente drogado e tem gente morrendo. São coisas de mais, é gente que não acaba mais.


O Canudo e o João

O que vários goles não fazem?!
Aquele dia sobriedade passava longe da bonita menina.
Mesmo parada ela estava em todos os lugares e sorrisos transbordavam em seus belos lábios. Ela presa em uma embriaguez total se apegou a um canudo, canudo este que fez a passagem do álcool ao seu corpo, corpo que a cada instante se tornava cheio de molejo e leveza.
Além de tudo, ela se encantou por João, mais com ele não foi possível.
João casou-se com a primeira Maria que lhe apareceu.
Doses a mais formam inusitadas paixões e apegos.

sábado, 20 de novembro de 2010

Thuane Castro

Lindeza loira com molas nos cabelas e laranja nos olhos, uma bela e querida amiga, sempre sorridente e um pouco efusiva. Cheia de sonhos e qualidades essa garota arraza de verdade.
Onde ela se faz presente alegria, risos e beleza tambem ocupam o ar.
Com ela se pode dividir dores, amores, calores e rumores. As vezes explosiva, mais sempre verdadeira e espontânea. Em pensar que quando a conheci mau suportava seu jeitinho cabeça avoda de ser, e agora é sempre bom você por perto. Com ela se pode ter confiança e fazer confidências. 
Ela que é viciada em fazer caras e bocas, por falar nisso ela tem uma bela boca.
Enfim uma bela e querida menina.
Uma florzinha colorida.
As poucos nos fizemos pra sempre.



(...) Olha que coisa mais linda mais cheia de graça, é ela menina que vem e que passa, seu doce balanço.(...)
                                                                                Vinícios de Morais e Tom Jobim

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Embriaguez, Fumaça e Música

Sexo, drogas e rock and roll, bom dispenso o sexo, mais não uma noite agradável de rock and roll. Neste momento queria amigos alegres de gostos antigos, queria essa gente me um lugar pequeno e de noite fria, queira nesse lugar uma mesa redonda, não, melhor que isso tapete felpudo e almofadas espalhadas no chão, queria os  anos 60,70 e 80 nesse lugar, queria ali bermudas rasgadas e e camisas cortada, queria ali salto alto e um largado chic, queria rock em cada partícula de ar, alguns sobre efeito outros não. Queria pouca sobriedade.
Cerveja e cigarro seriam o prato principal, queria o ambiente embaçado por fumaça e aquecido de calor humano. Uns parados outros agitados, mais todos embalados pelo mesmo som, pela mesma fumaça, pela mesma embriaguez e todos em uma overdose de felicidade.
Um lugar pequeno, mais espaçoso o suficiente para uma alucinante e agradável noite, de conversas sem barreiras e sorrisos mil. O cinzeiro já ta ficando lotado e de mais uma dose eu to afim. Um pouco de Blues por favor.

Bem Perto do Nada

Naquele imenso lugar quente e seco, quase tudo muito igual, algumas aqui outras ali. A única surpresa e diferença eram as nuvens que a cada momento se faziam mais belas e interessantes, diferentes formas e cores, curiosas formas e belas cores.
E no longo e perdido caminho mato, mais mato, vaquinhas e uma borboleta amarela, bela, que fez um aparecimento ligeiro e se foi na imensidão do nada.
E ali também o sol que brilhava intensamente quente e forte, ainda bem que o vento também soprava aliviando a gente e a mente.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quase que Rotina

Bem cedo logo ápos a escuridão se esconder uma leve disposição e entusiasmo, a claridade nas frestas da janela, o movimento das pernas no aconchego do cobertor a vontade de transcrever pensamentos, o estômago roncando, o vago rascunho de uma fantasia, lembranças, momentos e pessoas indo e vindo.
Fumando um cigarro eu pego o caderno, as folhas ali em branco me fazem querer escrever, quase sempre são as mesmas memórias, as mesmas pessoas, tudo sempre igual e o sentimento gritando dentro do peito.
Uma necessidade de novas emoções, motivações, novos ares, a vontade de realmente viver e não apenas permanecer na terra à espera de que as coisas mudem e aconteçam, mais esse tipo de pequena revolução está um pouco longe de mim, passos a frente.
Mas tenho a certeza de que daqui a algum tempo tudo melhore e que venham mudanças e alegrias novas, só tenho mesmo a vontade que permaneça a o entusiasmo após a escuridão se esconder, a escrita que transborda o pensamento e o cigarro pela manhã.

Maneira do Gostar

E essa maneira do meu gostar, pelo diferente, proibido e exótico.
Sempre será assim, o gosto pelo que talvez se julgue de mal gosto, é fascinante chega a ser alucinante, um  alucinógeno ambulante e sonoro, um mundo imensamente gigante.
O gostar pelo que os adeptos do bom gosto julgam inaproximável, intocável, indigerível, insolente e inconsequente. Um gostar pelo igual, o cabelo o desejo e coisa e tal, um  gostar pelo curto e perigoso.
Um gostar pela noite e o que vem acompanhado dela. O gostar pelo antigo mais de modo atuais.
O gostar pela androginia. O gostar pelo que é estranhamente estranho mais único, admirável e misterioso.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O bem estar do vazio

O vazio é bom.
A sensação e boa, pensamentos indo e vindo, o corpo balançando a cada obstáculo.
As janelas e os olhares, um aqui outro ali, o vento no rosto.
Bom pra pensar, sonhar, sorrir e chorar.
Momentos e lugares onde a nostalgia sempre vem tona.
O cheiro é ruim, corpos se encostando, muitos aqui e ali.
Muitos jeitos, rostos e expressões variando a todo instante, algumas que incomodam outras que trazem ternura.
Muitas cores, cheiros e odores, um balanço que vai vem.
Só no vazio é bom, quando cheio se torna enjoativo e abafado.

Delírios de Voar

Alucinações, vontades doidas ou não?!
Vontade de viver e viver, sempre mais, mais intensa.
Sentir-se livre, liberdade a qual eu não alcanço.
Libertação interior.
Delírios de voar nela, aquela ou em todas elas.
Mergulhar em céus em mar.
Queria brisa de flores e algodão doce.
Me jogar na luz, nas cores nos amores.
Entrar na onda das trilhas de Chico e escutar sem parar, sonhar.
Entra de cores, com cheiros e sabores.
Viajar.

Nicinha

" Saudades daquela menina dos olhos negros e arregalados e um coração bom, menina minha, minha sempre pra tudo e a qualquer hora.
Dona das minhas confissões e desabafos.
Junto dela meus sorrisos e alegrias.
Menina com quem eu tenho um sentimento recíproco.
Tímida, mas surpreendente e maravilhosa, bela.
Longe de mim ela está, mas nossa amizade e nossos corações sempre unidos...
Amizade longa e cheia de confiança.
Menina que da colo e tem abraço confortante.
Saudades de um tempo alegre e colorido, dividindo nossos segredos, alegrias, medos e angustias.
Menina que sempre quero está perto, sempre.
Sempre vou querer o seu bem.
Menina de poucos sorrisos mas que sempre transmite alegria.
Uma amizade linda e verdadeira como ela. "

Nostalgia

"Os anos se passam, nossos caminhos e nossas vidas mudam, e é como o passar deles que percebemos que a felicidade está nas mais simples coisas.
E quando olho pro passado lembro de coisas, pessoas, dias e sentimentos que me fizeram sorrir, a felicidade estava nos atos mais simples.
É tanta saudade e das mais variadas coisas...
Saudade de ficar deitada na rede olhando pro céu e sentindo um vento gostoso tocas meu rosto.
Saudade de amigos que não vejo mais, pessoas queridas que se afastaram, saudade da minha avó.
Saudade de conversas longas com risos e gargalhadas sem fim.
Saudade de passar noites inteiras ao som de uma boa música.
Saudade da união dos nossos primos.
Saudade do lugar onde passei um bom tempo com pessoas mais amadas.
Saudade de dormir com a mente leve.
Saudade do entusiasmo de achar uma joaninha.
Saudades de muitas coisas, e essas nostalgia me faz ver que devemos prestar atenção nos detalhes, nas pessoas e na vida.
Devemos aproveitar todos momentos bons e de imensa alegria que a vida nos proporciona, momentos que até só nos fazem bem.
Viver com intensidade os sentimentos os momentos, as pessoas, as amizades e a simplicidade."

Leveza

"A chuva caindo bem agora me deixa feliz, e com vontade de estar bem em baixo dela, sentindo cada gota lavando a alma."

Vento e Sentimento

Meio brisa,
Meio vento,
Meio tempestade...
Uma flor no relento
da cidade!

Uma flor,
Um galho,
Um buquê...
Todo meu sentimento
por você!

Um olhar,
Um sentimento,
Um desejo...
Várias sensações
depois do teu beijo!